quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Luta Interna

Praticamente impensável atravessar o muro que nos afasta, que apesar de estarmos tão perto um do outro, ele faz toda questão de nos separar. É todo ele frio como um cubo de gelo e rijo como pedra, formado por proibições que me consomem o raciocínio todo santo dia. Eu deveria deixar que a vitória fosse dele, devia, mas vejo-o quase como uma rocha na praia, que quando a maré está baixa, ela é toda visível e quando a maré sobe, desaparece, como se não existisse nada, no entanto, existe. O que acontece na realidade, é um pouco por aí, nunca deixou de existir o muro que nos separa mas por vezes é ocultado, eu oculto. Fará isso algum sentido? Salvará alguma dor? Preencherá algum vazio?
Não, e hoje, 14 de Fevereiro, era particularmente aquele dia que eu gostava de pegar no carro, e destruir esse muro,  ou gostava de,  pelo menos, escala lo para te ver. Não é que seja ganho nenhum, é só uma luta interna, entre a minha consciência e o meu coração inconformado. O objetivo que eu tracei inicialmente, foi uma fuga, quase como um derrotado que nunca sequer entrou na corrida, e até ao momento, com um relativo sucesso, embora com uma pressão infernal. Uma pressão feita pela percentagem mínima de sentimento mútuo, que apesar da minha consciência afirmar que o mar engoliu essa possibilidade, o meu coração defende que tudo aquilo que o mar não quer, ele devolve. Só queria ter a certeza que, pelo menos viste um muro à tua maneira, e que, pelo menos me lês te, só isso. 

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