quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Quanto será preciso para temer uma quebra?

Teoricamente, 264 horas nunca seriam suficientes para gostar verdadeiramente de alguém, quanto mais para calar o orgulho que é tão firme. Reflectindo melhor, quanto será preciso para temer uma quebra? Deveria eu ter juízo, no entanto, a tendência é de confortar a alma com imagens carregadas de momentos perfeitos, a qualquer hora. Falta de juízo, que me leva do mais prédio mais alto, até à terra mais firme. Esses lugares que instalam o caus, um caus entre o risco de insistir no que pode dar certo e errado, o risco de desistir de forma certa ou errada, o risco de que tudo seja abafado perante as possibilidades que, de olhos abertos são tão claras, mas que de olhos fechados são tão perfeitas, como uma verdadeira felicidade sem plateia,  não mais do que a desejada. Cenários fáceis de explicar, pois a vontade não tem olhos e muito menos cérebro para pensar. Torna se assim um ciclo controlado automaticamente, em que qualquer vaga de tempo que tenho, é ocupada pela confiança que alimento e pelo sentido contraditório, que no fim de cada minuto, sai vitorioso e faz um resumo claro e desastroso. Talvez até não serei eu a pessoa certa, a pessoa que faz parte da outra metade das imagens. Resta me neste momento lembrar que, aquilo que pode não correr certo, não depende só de mim, nunca dependeu e nunca será de outra forma, não me posso culpar. 

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