terça-feira, 19 de agosto de 2014

Desafio




Eu posso ser qualquer um, e posso não ser ninguém. Posso ser frio, e temperatura inversa. Posso ser uma sombra iluminada. Posso até ser tudo que eu quiser, mas nunca serei eu. Não sei quem sou, nem o que faço, ao que reajo e ao que pertenço. Não sei que histórias tenho para contar, nem se  conto o que aconteceu. Estou em pulos de alegria desanimada. Estou tão satisfeito como inexistente. Estou como não estou, embora se estiver, estarei como fogo em chuva fria. Vem sol, vem frio, e é tão simples assim, como um número e duas letras. Agrr, que indecisão tão lógica. Que gritos tão carregados de paz. 
Há um desafio? 
Há um desafio, imposto pela experiência dos momentos imensos, imposto pela compreensão da incompreensão, da injustiça que podia ser justa. No meu controlador desta noite, foi detectado promessas sem tréguas, saudades negadas e corpos em voos. Tristeza, é com tristeza interminável que se derrete a grande alma. Só é dor se eu quiser. Só é triste enquanto durar. Só é um desafio até ser cumprido. 
Há um desafio, e eu aceito-o. 

4 comentários:

  1. " Só é dor se eu quiser. Só é triste enquanto durar. Só é um desafio até ser cumprido. " De certeza que o desafio será cumprido, saboreei palavra a palavra!

    ResponderEliminar
  2. Adorei simplesmente o texto. Adoro como usas as palavras. Bem sei o que é sentir estes sentimentos!
    Espero continuar a ler mais. Boa sorte!

    http://entreaverdade-e-amentira.blogspot.com/

    ResponderEliminar