domingo, 22 de dezembro de 2013

Desiquilibrio




Continuo adiar a minha própria avaliação quanto ao estado psicológico, ou talvez mais quanto à evolução, desde do dia que me pareceu o mais escuro até ao ponto em que foi menos difícil de manter o equilíbrio. Reconheço-me conforme vejo que as pessoas reconhecem-me, se calhar até um pouco mais. Identidade mesmo identidade, só nós é que conhecemos melhor. Melhor? Mas melhor porquê? Porque não somos identificados por aquilo que achamos que somos ou fazemos? A realidade tem sempre um ponto de vista, mas eu sinto-me confiante o suficiente para dizer que ninguém a escreve ou desenha na totalidade, nem tão pouco de forma complexa e sem factos iludidos. Digo até que não é o que fazemos ou achamos que somos, é como reagimos a tudo isso, são os absurdos que nos enchem a mente e abalam todo nosso sistema. Faz muito tempo que eu corro em busca de clarear a minha, para mim mesmo. Acontece que os meus cenários chegam a um extremo e absurdo ponto, correntes grossas e ameaçadoras por todas as janelas por onde circula o meu ar. No fundo não é nada e não passam de normalidades, mas funcionam como para além do que vêm, funcionam como facadas a cada movimento meu, mesmo que esse seja apenas um simples olhar. Dou comigo aqui em momentos como este a escrever, sobre o que sou, o que vivo e o que acho útil transmitir às pessoas. Não que me ache alguém neste mundo tão grande, mas se me sinto melhor em fazê-lo, porque não? Funciona como uma espécie de leitura pessoal e recolha de sentimentos que não devo guardar e trancar em mim. Penso muito sobre o que escrevo, no que escrevi e como escrevi... Penso nos pensamentos que surgiram durante o desenvolvimento de textos como este. A magia da escrita é que acabo sempre por achar e transformar a dor em palavras, ou seja, acabo por trazer a compreensão até mim, o que é ótimo. Eu sei que isto não é a minha profissão, não é nada para além de um vulgar blog, mas sou eu, são as minhas palavras e as minhas aprendizagens. Pequenos pormenores que fazem a diferença. Este caminho é de descobertas e conseguir transmitir tudo isto é algo de valor, portanto como é óbvio, faz-me sentir  um pouco mais valorizado sempre que o faço. Podemos até ter uma vida estável, cheia de motivos para estarmos tranquilos, bastante bem e confortáveis, mas e se o nosso interior exigir algo mais? Não sabemos tudo sobre nós como já referi à pouco. O que acontece comigo é um pouco isso, não encontro o que preciso, não vivo como preciso, não me conformo com nada, todo o bem acaba por de um jeito ou de outro fazer-me mal. Perdi o controlo sobre o meu próprio desenvolvimento, embora bem ou mal continue a crescer todos os dias, não estou como podia ou devia estar, ou como queria. Gostaria mesmo de alargar a minha folha e tornar o meu desenho maior, depois pintá-lo como deve ser e dar-lhe mais luminosidade e criatividade. Não consigo, estou preso por mim. Sou forte porque o assumo, porque erro, porque tento todos os dias melhorar, porque passo por cima do orgulho para não perder nada, porque luto e faço para conseguir. Não gosto de mim mas reconheço o meu valor, porém os meus defeitos também, talvez por isso. Vivo centrado em algo, não consigo mas pretendo alcançar a transformação, mesmo essa sendo um enorme susto para mim. Preciso de deixar-me destes olhares cheios do que ninguém consegue ler e deixar-me desta vida deprimente. Eu preciso realmente, mas com que condições? Como? Se um passo rasteira o outro? Pretendo no futuro passar ligeiramente por cima desta parte de mim, mas a verdade é bastante clara quanto a isto... Digamos que não é de todo fácil, mas também não dá, não posso viver com um ângulo cego, pois este não me dá garantias absolutamente nenhumas, não me garante que irá levar-me até a algum lado, não me garante recompensas, não me garante nada. Sinto que estou a sofrer por nada e para nada, simplesmente porque sou assim. Preciso daquilo que não sei, e o que não sei já é suficiente para eu recusar.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Planos




Não há sentido de lógica que vá contra a dor e a revolta. Nos humanos são as longas e diferentes fases que constroem o desenvolvimento, desde a cegueira até à mais real das visões sobre tudo que está à volta. Há pensamentos que podem nem chegar a cruzar-se, e no que toca à grande união é um problema bem serio de lidar. Realidades escuras mas conscientes fazem com que sintas saudades de deitar e adormecer sem nada perturbador na cabeça... Hoje já é tarde para chorar os erros do passado, e eu não consigo parar para pensar em como podemos nós esperar ser o ombro de alguém. Não há caminhos finais, não há escolhas fáceis, simplesmente é difícil construir tanto e um dia acordar com tudo a desabar. É difícil não conseguir viver por mim, para mim, sozinho e independente. Estes são os meus planos para o dia de amanhã e depois de amanhã, e talvez depois desse e do outro dia também, enfrentar-me, enfrentar as minhas inconformidades, a minha dor, as minhas revoltas.... Aquilo que nem toda gente é capaz de entender, e a dor que nem toda gente é capaz de ver. Simplesmente é difícil,  e eu aqui sem encontrar o meu atalho de regresso.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Impacto Emocional



Este é todo o sitio em que eu não deveria estar, é todo sitio em que eu não devia estar errado. Para mim, para ti, para nós.... Não posso desaparecer eu, nem podes tu desaparecer, e não há truque nem medida para este incómodo frio e impulsivo. Diria melhor para ti do que para qualquer peixe do mar em que também nado. Não acontece, não vai acontecer sequer, porque de facto a naturalidade da vida é completamente relativa de alma para alma. Os segredos para a luta são muito comuns é verdade, mas as pessoas são tão diferentes. Oposto atraído, cria confusão e realismo no impacto emocional, e seja qual for a posição de defesa o ataque vai sempre transparecer nos olhos. Passa de dia para dia, e cada vez mais a cabeça quer acariciar e explodir ao mesmo tempo. Completo desequilibro aleatório, faz quase sentido dizer que é afogo de ideias e aperto de coração extremo. Talvez um dia seja possível trazer ao mundo de alguém aquilo que não saí do meu, pelo menos com objectivo de compreensão. Talvez os olhos que me conduzem me levem desta vez até ao sitio onde nasci. Talvez esse acontecimento surja para provar a minha verdadeira identidade como pessoa. Talvez um dia vá ser recompensado por todos os momentos de pleno gelo. Talvez... Queria ser um pássaro livre para poder voar em territórios desconhecidos e descobrir o que de melhor há por cima deste frio que se faz cá em baixo. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Humanidade



Existir é tornar toda natureza na maior das loucuras, como fazer parte das imaginações de mentes loucas e inspirar almas feridas. Tem sempre uma melhor forma de correr na pista grande, de forma entusiasmante e fechada ou de forma louca e verdadeiramente humana protegida. Somos aquilo que aprendemos e vemos nos outros, pelo menos até a um certo ponto. O que nos distingue é a maturidade que é criada por todas as aventuras em que escolhemos intervir, e o lema é daí retirado, isso sim já são as nossas escolhas pessoais e decisões, basicamente o que nos identifica como pessoa. É importante conseguir saber agir do jeito que pensamos, embora o que acontece em grande peso na humanidade é mais a falta de coragem para tomar as decisões que o nosso interior exige. Pois, é tudo muito lógico visto que a conformidade é a confusão instalada, ninguém está disposto a largar a mão quente de quem ama. Essas almas sensíveis simplesmente não são corajosas o suficiente para substituir as pessoas que amam por a forma de viver que acham que merecem... Conformidade? Isso mesmo, alguém se conforma em maioria com a vida que tem? Alguém consegue adormecer todos os dias da semana levemente? Sem pensar no que lhe incomoda e impede de sorrir? Meto as mãos no fogo como não, tendo em conta os meus conhecimentos acerca da humanidade. A esse ponto totalmente perturbador, não que seja um velho com toneladas de histórias por contar, mas sim por uma pequena caixinha guardada com as minhas atenções e interesses sobre a nossa raça. Torna-se cansativo para alguém sensível ter a tristeza e o suporte como seu modo de vida, mesmo tendo fortes alegrias nos olhos. São incómodos sentimentos que de facto só quem vive tem o direito de discutir acerca. Contudo, vejo experiências rebeldes mas solucionais em relação aos fortes impactos sentimentais, começando por destacar a loucura e a procura de novas experiências que combatam com grande equilíbrio a depressão. Vejo? Claro, mas em boas escritas, e em pessoas mais frias e capazes, não em mim, não nas pessoas com maior capacidade de entrega e dedicação a alguém. Nós pessoas, passamos tempo em demasia a procurar soluções, a procurar melhor solução para impedir forma de magoar alguém e a nós mesmos, preocupamos-nos em demasia com a tristeza e o vazio que há dentro de nós, e esquecemos-nos de viver. São pensamentos que realmente caem bem no ouvido mas, no fim a história é sempre a mesma e nunca conseguimos assumir aquilo que escrevemos e achamos correcto. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Escrita





A escrita acontece quando de facto tem que acontecer, não quando queres mas quando precisas. Na minha opinião, para uma boa escrita ser desenvolvida tem de haver um tema, qualquer coisa de arrepiante, emocional ou se calhar nem tanto, basta que seja uma história ou um momento profundo. Falo de mim porque os meus textos são isso, palavras sentidas. Acabei de retirar um tempo para voltar até ao meu espaço pessoal e voltei a ler o que escrevi há algum tempo atrás, não senti em mim os sentimentos mas consegui senti-los lá, consegui organizar-me no tempo e quase presenciar-me nos momentos passados, o que de facto comprova que não são textos escritos por pedidos ou por objectivo de formação algum, tem motivos especiais, tem uma fase delicada e mais que isso tudo, tem coração. Estranho, foi estranho voltar aqui e sentir como se já não cá viesse há anos e depois ver tudo aquilo que sou em palavras, sentir-me compreendido e acima de tudo automaticamente valorizado por mim próprio. Ter valor naquilo que já enfrentamos, já superamos e que já fomos capazes de realizar, é realmente muito, muito bom. Não sei bem onde é que me escondi, onde me enfiei mas o que é verdade é que com tanto frio não há calor humano que resista, não no sentido de sobrevivência mas sim a viver. Há alturas em que não basta estar por cima, vi referido nas minhas palavras escritas mais antigas que a conformidade é relativa e a dor é parte de nós, a forma de pensar mantém-se claramente sem tirar nem pôr nem uma única letra, com isto quero dizer que a motivação esgota-se. O ser humano tem de procurar sempre a sua motivação, mas para isso tem de se alimentar, não em alimentos de manter a estrutura física, mas sim em peças brilhantes que possam marcar a sua fase como uma verdadeira recordação. Relembro que uma recordação é tudo menos um acontecimento vulgar, a saudade só existe quando algo nos marca o passado e trás esse mesmo até onde quer que estejamos. Hoje estou mais organizado, em culpa do aconteceu e do que superei e como superei, levou o seu tempo mas valeu a pena, como de facto esperava. Sinto-me satisfeito com isso, mas por um outro lado, não tão satisfeito comigo mesmo por tão cedo viver as coisas de uma forma tão séria e intensa. Começo achar que o meu peito é demasiado grande para o escudo que me foi dado, e haverá sempre algo a atingir a minha fraqueza e a testar a minha sensibilidade. Começo achar que tanto quis dar para quem não foi capaz de receber, que nos tempos próximos não seja capaz de voltar a ter para dar a alguém. Descontrola-me os interesses e enrola-me nas incertezas e nas tristezas... Vozes de fundo que são inexistentes ditam-me aquilo que eu não sei escrever. Confuso não é? Pois, se consegui transmitir essa ideia, tive sucesso no meu desabafo. Esta é a minha realidade, é a minha companhia e o que me impede de viver controladamente a desfrutar da minha própria boa disposição ou pelo menos dos motivos que a podiam originar. Desliguei um pouco de mim mesmo, e enterrei-me mais ainda no que era quando estava caído, refiro isto porque merece a sua atenção.... A questão é, será que a mudança não vai cobrir a anterior existência de um forte sentimento triste causado por menos bons acontecimentos? Não sinto arrependimento ou ódio, sinto falta de quando não pensava em como sobreviver, sinto falta de acordar e construir o meu dia de forma tranquila, simplesmente a viver... Eu aceito levar uma carga de porrada da natureza, eu mereço, sei perfeitamente que os meus motivos  para estar menos feliz são escuros e de difícil compreensão, alias, eu sou uma pessoa difícil. Só quem sente sabe o que de facto estou a dizer, cada um vive e reage à sua maneira é certo, eu quer eu queira quer não, sou obrigado a viver assim. Não de cabeça baixa, mas sim com muitos cuidados e protecção, sei bem o que sou e não tenho medo de o assumir, tenho mais medo de descuidadamente cair e de novo voltar a recorrer de forma louca até ao que me pode verdadeiramente recompor. Tenho alguém comigo capaz de o fazer, quer dizer, que na verdade fá-lo todos os dias, cria as minhas motivações, inspira-me e encoraja-me a viver o meu dia... Um coração enorme num corpo pequeno, é realmente uma força que me leva até ao lado positivo de tudo isto, é no mínimo maravilhoso sentir que tenho comigo alguém capaz de me levar até à intensa felicidade, mesmo que seja por uns instantes, mas pelo menos não a deixa morrer nunca desde que esteja sempre presente. Estou cá para provar que o meu positivismo é mais forte, ela é o meu motivo forte. Vou chegar até onde disse que um dia me queria ver. Irei provar-lhe o que é para mim, enfrentando tudo o que vier de qualquer jeito, e nunca mas nunca baixar-lhe o olhar. Até porque na verdade, família não é o que está no sangue mas sim o que está no coração.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vazios



A razão pela qual a razão nem sempre vem ao ar é que, a razão está em quem a tem por dentro, e por vezes quem a tem não consegue simplesmente trazer a sua explicação para fora da alma. O desconforto é a banda mais barulhenta na cabeça de alguém, com tudo que está à volta ou até consigo mesmo, é algo que nem a nossa mentalidade e experiência é capaz de lidar. Antes de desejar sair é preciso ter condições para pensar em como sair. Quando sentimos necessidade de avançar um tempo longo na nossa vida é quando os dias se tornam mais longos e longos, infelizmente, bons estados complementam tempos rápidos, e quando estamos mal parece que o tempo pára e ficamos presos em alguma coisa, presos em algum pedaço de nós que caiu ou constantemente caí. Não adianta viver de forma justa numa vida injusta, eu sou uma criança que com tudo irá sempre sentir algo do tipo desmotivador, sempre sentirei falta de alguma coisa, sempre irei a baixo com qualquer coisa, sempre... O que é normal, porque a verdade é que só as lembranças boas é que fazem sorrir e ao mesmo tempo chorar, a dor vem do balanço entre o prazer e a dor, o difícil é encontrar o equilibro e manter.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Esperança



Não se esqueçam que existirá sempre alguém que vos ama!
Pois... O mundo pode estar em estado mesmo inacreditável mas a possibilidade de um acto para além da ilusão é possível. Pelo menos o esforço dizem que é um factor extremamente importante para o sucesso, será que é verdade? Ou será que afinal é uma porcaria de uma junção de palavras de bom ouvido? Parece-me mais que sim, é um excelente começo até aonde queremos ir, mas se uma nuvem foi colocada por cima de ti pela natureza, bem então não vais poder impedir que a chuva te caia da cabeça aos pés. Quando isso acontecer, bem vindo à desilusão da tua própria ilusão. Sentido como um corte na veia e incendeio da tua pele quando atravessas a estrada que não queres e és bloqueado por o último carro que parecia possível chegar até ti. O teu tamanho está na importância que lhe dás, e a importância que vão dar para ti é contrário à largura da estrada que atravessas, e aí, o teu respirar é o som mais alto que tu próprio fazes. O teu tema de conversa será tudo menos aquele sério, porquê? Só os teus olhos atingem, e a boca simplesmente não permite mais do que a utilização de uma auto protecção para aquilo que os olhos conversam. Hoje em dia, conselhos como seguir apenas aquilo que te leva à felicidade, já não são os bons conselhos. Na minha opinião, manter o mais baixo nível de esperança de que alguém algum dia faça alguma coisa por ti, é o melhor conselho que posso dar.

sábado, 12 de outubro de 2013

Verdadeiras Conquistas



Aqui na linha olho para o que encontrei, deixei e perdi para dar lugar a uma nova aventura. Está a vir em caminho, direccionado para o que mais procurei, sempre. Ao longe, dá para sentir sempre um pouco a vibração do que vai acontecer a seguir... Acordo e puff.... Não é mais um sonho! Nem um pesadelo! Realidade, é assim que chama e trata-se do que todos vivemos e precisamos de reflectir seriamente. Teimamos em viver assim, iludidos e achar que tudo tem sempre uma cobertura, ERRADO. A cobertura é o nosso sentido mais pobre, transformaria em pensamento positivo e aprendizagem se pudesse, não apenas em mim, mas em quem tem com que realmente se preocupar em demasia. Ninguém merece viver o que vive, até achar que realmente está tudo a seu gosto, mas o que é verdade e sempre foi dito, tudo tem um preço. A felicidade talvez seja facilmente relacionada com o necessário pagamento para obter posse de qualquer coisa, ou seja, o dinheiro. Facilmente relacionado porque? Em volta desse mesmo, tem falsidade, mau negocio, bons acordos, roubos e tudo mais provocado pela má gerência... O que acontece com a nossa felicidade é um pouco isso, o descuido e a falta de protecção. Podemos ser todos felizes, mas a questão não é bem essa de comparação, digamos que até chegarmos a este ponto, a tempestade irá persistir e testar a paciência e a sensibilidade de cada um. Nunca serei o melhor para dar o tipo de conselhos que sejam, mas a força que toda gente tem, é sempre precisa, ninguém se irá sentir menos cansado se deixar de a manter activa... Portanto, na minha opinião, as verdadeiras conquistas são terrivelmente difíceis de chegar a sentir... São possíveis, claro, para todos nós. Desde que a vida me deu tempestade, eu tenho vindo a perceber quem sou e o que realmente sou, e sinceramente? Não, já não me assusta assim tanto. Uma árvore diferente não é uma árvore anormal, é um destaque natural. Neste mundo injusto e mais insensível que sensível, a forma de pensar tem de ser mais dura do que aquela que é aparentemente mais bela. 

domingo, 29 de setembro de 2013

Romance



Não há propriamente uma melhor forma de ler um romance, o seu género é demasiado especial e único para leituras comuns. A história de um romance pode ser como olhar o mar, cada um tem a sua forma de olhar, ler e interagir com o mesmo. Um romance é sempre cheio de vários factores que o constroem, todos igualmente importantes. De uma forma mais objectiva, todo romance tem uma história, seja terminada ou contínua. Como é óbvio, a construção é feita por tudo aquilo que queremos e não queremos viver, desde as maiores alegrias até ao maior desconforto do ser humano, mas isso é natural, é um poder forte da paixão. Tudo aquilo que aconteceu na minha história, é relembrado em causa da saudade originada por tudo aquilo que marcou. Sinceramente, é incómodo sentir que uma relação não chegou sequer à verdadeira chama, porque não foi possível iniciar a sua construção, mesmo já com o fogo ardente em mim. É basicamente como se tivesse sido iniciada a escrita de um livro e ao longo dessa iniciativa algo forte levasse a que, a um certo ponto inicial, não fosse possível desenvolver mais a história. Contudo, creio que o que aconteceu foi de tal forma tocante, num sentido mais triste, que hoje passado muito tempo não consiga sentir-me capaz de voltar a iniciar um livro, uma nova história. Há outras mais formas de saber o que estou a fazer e ser consciente do que devo fazer, mas a maior consciência tem de incluir tudo aquilo que somos e o que sentimos. É incómodo um jovem sentir o que é limitação, esta originada por uma espécie de obsessão por uma alma inexistente e por uma relação que o sol inventou e o vento levou. 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Discurso Irreal



O meu discurso tornou-se irreal. Foram muitas as horas passadas a esgotar a paciência de outras pessoas. Amigos faziam-me companhia durante o dia a dia, e ouviram-me falar acerca dos maiores cuidados possíveis a ter. Assistiram aos meus exageros. Assistiram aos meus excessos de preocupação, às minhas milhares de previsões após qualquer acto, ou seja, ao rapaz que com tudo que tinha tentou defender aquilo que fazia-lo feliz de verdade. Não me sentiria muito conformado se realmente perdesse essa fortaleza, não me aceitaria a viver sem uma preocupação com solução. Hoje, penso que passei mais horas a mentir para mim próprio do que para eles mesmo, perdi tempo e mais tempo a dar voltas e voltas a assuntos sem volta... Todos os dias, arranjei mil um motivos à minha maneira para contornar a realidade e encontrar um motivo favorável ao meu sentimento. Eu acreditei que era uma verdadeira paixão, em mim, nos olhos dela, nas palavras que eu dizia e que ouvia. Nunca fui tão longe ao pensamento negativo, nem o sentimento  permitiu-me aceitar essa possibilidade como uma verdadeira possibilidade. Simplesmente, eu atirei para o ar o pior fim possível, mas sinceramente, nunca acreditei que ele fosse acabar por existir. Assim que comecei a sentir uma diferença, nasceu uma dor... Essa corre-me nas veias, conduz confusão e desconforto até à mente e aperta-me o coração. Durante estes tempos tentei fazer com que eu acordasse e voltasse aprender de novo como viver sem o que tinha durante a vida curta e fácil. Numa certa altura até estava a convencer-me de que, de facto, estava afastar-me do que me levava ao silêncio. Infelizmente, um erro, pois ao mínimo sinal senti-me recuar no tempo em segundos e a sentir tudo de novo como se fosse ontem. Porém desta vez, de um outro jeito. Fico destruído cada vez que penso nas palavras que foram ditas, nos momentos que foram representados, nas mentiras que construíram o amor que só eu senti. Dói, dói por ter sido único, por eu ter acreditado que realmente poderia ser possível viver de uma felicidade assim. Já lá vai algum tempo, faz nem um ano, mas faz muito tempo em silêncio para um jovem, um rapaz bastante jovem que sou. A verdade é que não sou vitima das piores condições de vida que existem. Todos assistimos ao que por este mundo fora acontece. Imensas tragédias, histórias muito tristes, desde fome a dor, desrespeito a solidão, almas que já não estão vivas e corpos que apenas se movem. É triste e acabo por me sentir inútil a escrever acerca da minha história que me entristece todos os dias, mas é verdade que, o ser humano é mesmo assim, a conformidade é relativa e a dor é parte de nós. Independentemente do que está por trás dessa dor, do que a originou. Tentei ser forte, tentei representar e fazer o papel de alguém que deveria ser capaz de mostrar-se indiferente e capaz de pisar a história. Acontece que não fui forte, não o suficiente para enterrar o assunto, nem antes de saber a resposta final, nem depois de saber  a verdade. É, mesmo depois de saber que a pessoa afinal era fria e simplesmente embebedou-me de amor fingido. A vida é mesmo assim, em alguns dias fará sol e em outros fará chuva, e assim será sempre...

sábado, 24 de agosto de 2013

Sequência da Vida



Não penso que quando abrir os olhos vou ter à minha frente o que mereço, não agora nem hoje... Simplesmente clareio a visão em relação à realidade. Espero, faço-me de preguiçoso mas estou por todo lado ao mesmo tempo. O que me resta é seguir. Seguir o meu próprio passo a um ritmo apropriado, mentalidade forte e paciência. Penso que amanhã será um dia mais longo e eu não sei o que vai acontecer, mas com certeza eu vou perceber que o dia de ontem, foi difícil. Talvez porque a dificuldade de atravessar cada obstáculo não está na conclusão de observadores, mas sim na alma que suportou tal desconforto. Existe uma possibilidade de continuar afastar-me para cada vez mais longe daqui, mas a verdade é que estou a tentar manter-me próximo e com os 90º abaixo da face. Por vezes não é uma tragédia, não é um assunto levado a sério por qualquer pessoa, mas é um problema. Felizmente, sou da opinião de que os problemas não tem a importância que lhe dão, a importância está de acordo com o  impacto que tem sobre a pessoa que é atingida por eles. Portanto, porquê julgar? Porquê não ajudar? Porquê não respeitar o espaço de cada um? Não é? Atitudes contraditórias mas com algo em comum, respeito. Há varias formas de agir e lidar, e sinceramente eu acho que as pessoas é que acabam sempre por complicar. Infelizmente esse é um acto muito comum em todos nós. Temos de perceber que a vida em que cada um está metido é uma complicação, é difícil, e há momentos para tudo. Por mais que queiramos que não, todos sabemos que a estabilidade não dura a tão longo prazo assim, muito menos para sempre. Altos e baixos, esse é o nosso ritmo cardíaco e também a estrada que seguimos, independentemente das escolhas que sejam tomadas. A sequência é o que nos faz sentir vivos, basicamente são um conjunto de pensamentos meus que giram em torno daquela que eu considero ser a lei da vida. 

Um Desejo



Um desejo. Acordar de cabeça leve. Leve no sentido de não sentir a necessidade de acelerar demasiado rápido, aquele que acaba por ser o escudo de cada um de nós. Aprofundando um pouco mais, refiro-me à nossa capacidade de pensar, atenciosamente, no que somos obrigados pela própria consciência a pensar, isto é, no que está errado. Cada acordar é um inicio de um momento novo, portanto um desejo pode não ser aquilo que qualquer pessoa gostaria. Não! Penso que um desejo é mais que isso... Porque para viver aquilo que nós achamos que são os verdadeiros desejos, é necessário ter-mos condições suficientes para vivê-los intensamente, como de facto deve ser. O meu desejo é aquilo que é raro, não é impossível porque mais cedo ou mais tarde acontece, mas é raro. Até me arrisco a dizer que é o momento de todos os seres humanos que lutam por alguma coisa. Há sempre pelo menos um dia em que acordamos e sentimos transparência no que impede a verdadeira visão do céu limpo, algo confortável, um acordar plenamente calmo e despreocupado. Basicamente a ideia mais uma vez é transmitir para o mundo aquela que é uma mensagem, para mim, certa. É fundamental ter uma ideia e um cuidado no que vivemos e como vivemos, lutar sempre e procurar melhor, e um dia... O desejo que nunca referiste antes, vai acontecer, e com isso vais acabar por descobrir que ele sempre existiu. Deixo aqui a minha motivação para o teu próximo passo, é mais importante do que parece. 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Encantos Apagados



De facto nunca aconteceu antes, a leitura veio primeiro que a escrita. Antes de abrir a caixa de sentimentos aconteceu uma paragem que não foi provocada. Parei por instantes e li o meu interior, li os meus pensamentos e li os meus sentimentos... Quando as noites são longas, as garantias espalham-se por todo lugar em que o pensamento vai sobrevoar. A lua não é tão grande quanto parece quando entramos numa fase em que, de olhos fechados e sem ponta de sinal de luz,  adormecemos no próprio pensamento, nos próprios desejos. Na realidade a lua é grande, mas a lua não emite felicidade, não é olhada a esse ponto, simplesmente naquela que é a realidade, a lua é vista com atenção uma vez por ano. Ficamos preocupados com isso, pela forma como agimos e pela forma como encaramos as pessoas nas situações comparadas... Pela forma como lidamos com os erros das pessoas que ama-mos, não sempre do mesmo jeito, mas amor é amor. Esse é poderoso. É o sentimento invisível para encantos apagados, é frágil, e é necessário para que todas as almas percebam qual o lado bom disto tudo. Já todos repararam nas palavras que não dizem? Não há garantias de que a oportunidade de voltar a dizê-las venha a surgir. Não há certezas de que o momento certo para agir desta ou daquela forma vá surgir. Os acontecimentos são os riscos que nos ensinam e guiam até aonde temos que ir, por isso, temos de deixar que eles aconteçam. Temos de permitir que o copo de água caia no chão para provarmos a nós próprios que somos capazes de resolver esse problema que foi provocado somente por nós, simplesmente acho importante quando erramos. Tão importante quanto o sonho, quanto o desejo de ter alguma coisa. Perceber isto é uma melhor forma de ir ao encontro do que queremos atingir, mesmo que isso pareça loucura. Até porque, loucura? Loucura é arriscar, arriscar é atitude, atitude é probabilidade, probabilidade é esperança, esperança é bom, conquistar é melhor, mas nada supera o facto de a oportunidade de lutar existir.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Isolamento




Faz-me pensar bastante, e não consigo entrar em acordo com o que realmente acontece. Pessoas chegam de forma tão rápida, que até assusta um pouco. Com decorrer de conversas, de conhecimentos e de troca de entendimentos, surge uma maior confortabilidade entre almas. Sendo essa confortabilidade boa para criar um laço apertado e bem seguro, é feito exactamente o contrário. Pois, um conjunto de acções de seguida fazem-se sentir, pelo menos o suficiente para assentar bem o pó e clarear bem o seu espaço, mesmo que dure algum tempo. Depois desse necessário tempo, vira rotina. Após todo carinho e receber-nos a areia toda, é depositada uma confiança nem tão pouco merecida. Tudo começa por aí, inicia com a famosa ilusão, e termina sempre da forma que certamente estás a pensar neste preciso momento, é sempre assim...
Até consigo entender algumas decisões erradas, porque também as tenho. Respiro da mesma forma com esses erros que abalam um pouco com os pensamentos e normalmente até despertam bastante, ou seja não é isso que me tira o sono sinceramente. Contudo, estou plenamente de acordo quanto ao facto de as pessoas deverem errar bastante, mas não quando o fazem totalmente por descuido, por coisas que facilmente seriam possíveis de evitar, por não querer saber mesmo. Também estou de acordo quanto ao facto de as pessoas arriscaram, devem arriscar bastante. Já quando arriscam e dá em erro, passa a não ser bem assim, acontece que normalmente depois não são humildes o suficiente para pôr o orgulho na arrecadação e mostrar algum arrependimento. Em dias de hoje, toda gente tem um caso destes para contar, outras pessoas até tem mais que um, dois e três, o que é preocupante! Tenho em mente uma ideia posta pela natureza dos acontecimentos, é simples e lógica: Até que eu possa estar errado, possa estar diferente, possa não fazer parte dos meus planos o que vou fazer amanhã, mas um dia com o meu próprio acreditar , irá acabar por surgir uma estabilidade, finalmente uma estabilidade. Não me sinto confiante para dizer para mim mesmo em voz alta, mas no mesmo estado, não sou capaz de arrastar o isolamento para sempre. Hoje as coisas são vividas de um jeito que eu tenho a certeza que não irá permanecer durante muito tempo. Sim, sinto-me desiludido com atitudes de quem já passou pela minha história e deixou páginas com boas escritas. Tudo isso não irá ser esquecido, mas não acredito que me vai interromper a viagem durante muito mais tempo. Pelo menos, é um desejo meu, que eu todos os dias pinto-o com uma cor de esperança. Gostava muito de compreender como, em tempos difíceis,  ainda lidamos com pessoas de tal forma egoístas! Conquistam um espaço e cegam-nos a mente, levam-nos ao topo e seguram-nos lá em cima, e depois no fim, acabam por partir e deixar com que nos sintamos sós, em que tudo à volta é deserto. 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Afinal, isto é viver!



Só naquele momento, nem de uma outra maneira, nem de outra, não da forma mais simples, nem da forma mais complicada, é só daquela forma. Só para quem está a viver, só para quem está a sentir, só para essa mente presente será possível entender e sentir o que está realmente acontecer. Uma melhor compreensão, exige um estado idêntico à alma que fala o que ouvimos, caso não seja esse estado, nunca irá ser compreendido do jeito que devia ser, nem tão próximo da realidade. São os momentos que ditam quem nós somos, e por vezes, uma lágrima pode ditar em que fase da vida nos encontramos. Quando crescidos, ninguém é tão forte ao ponto de lutar contra a mensagem da sua própria lágrima, não no momento. Está sempre lá no céu, na ligação entre as estrelas que os nossos olhos escolhem no momento observar, uma mensagem, está sempre lá. Não é duro viver, é duro caminhar e enfrentar o escudo que as pessoas transportam quando sentem a respiração de alguém. Não é bom evitar-mos o nosso lado mais sensível, não é de todo, estamos agravar um sofrimento que um dia mais tarde acabará por surgir. É tão bom estar a fingir que somos menos sensíveis, como assumirmos a nós próprios que o somos e estarmos cientes da realidade. Podemos fazer milhares de coisas que queremos, podemos agradar-nos a nós próprios, ou podemos simplesmente procurar como o fazer. Simplesmente assusta pensar que um dia, tudo que sonhamos não irá mais acontecer porque não temos mais oportunidades de lutar. A única coisa que seremos capazes de fazer nesse dia, é de em descanso e vigilância total, sonharmos em mente adormecida e alma arrependida como teria sido se tivéssemos aproveitado e acreditado. Tudo que desejamos, não pode ser apenas o que desejamos, tem de ser o motivo do qual tivemos sucesso, ou o motivo da queda do insucesso, mas tem sempre de ser mais do que um desejo. Somos guiados por momentos, e todos vão dar ao mesmo, a nossa viagem é até ao fim, e todos os momentos vão-nos levar até esse mesmo fim. É importante que lutemos para que cada momento seja o momento que queríamos. Afinal, isto é viver!

sábado, 6 de julho de 2013

Desconforto



Quero muito acreditar que é normal viver uma fase da vida em que olhamos à volta e não vê-mos nada nem ninguém. Será tão normal assim, sentir que perdemos todo valor e grande força que tínhamos por pequenos erros? É muito mau sentir que já não temos valor para as pessoas que mais tem valor para nós, sentimos-nos como lixo, como apenas alguém a deixar pegadas por aí. O mal de tudo é saber que a felicidade está muito dependente de outras pessoas e não apenas de nós próprios. Com pouca coragem e vontade de planear, está um insignificante corpo presente, que constantemente grita alto em espaços vazios. Ao mesmo tempo é capaz de sair do seu próprio eco e assim os espaços fecharem-se. O que era um espaço vazio, vira também um espaço fechado, com fechaduras por onde não é possível espreitar nem um pouco do minuto que se segue. Uma alma carente e só, que muito transparente mas que mesmo assim impossibilita a descrição do seu estado a exteriores interessados. Entra facilmente na escuridão e ergue-se para luta pelo perdão do seu peito. Uma alma castigada e revoltada, por agir de forma leve e permitir respostas frias. Não sou um exemplo a seguir, e isso pouco ou nenhuma diferença faz para o desenvolvimento da sociedade mas mesmo assim, é importante conhecer casos infelizes para que amanhã não vá escavar um buraco idêntico. Encontro-me varias vezes no quarto com um calor extremo, e questiono-me às paredes porque que até mesmo esse me congela. Durmo e acordo a pensar que um dia o meu ser pode voltar, e acabo por acreditar na minha própria história. Nunca pensei que situações como tais se aplicassem, mas quando te deparas com os impossíveis, automaticamente irás retirar as tuas próprias ideias. A minha ideia dentro da situação pessoal que me encontro, é que a culpa não está do lado de quem tem a má atitude, está sempre do lado de quem a perdoa.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Por ti



Por ti, pelas tuas palavras e por diferentes resultados, poderia eu esperar durante todo tempo. Não acontece, aconteceu, mas não vai acontecer e nem faria sentido algum se não fosse essa a realidade. Apesar de tudo, isolar e dar um grito de toda revolta é a menos provável problemática forma de reagir aos pensamentos negativos. É sempre mais forte do que pensamos, contudo choramos e rimos mas nunca é em vão. Tudo irá revelar a pessoa que somos quando estamos e não estamos preparados para os casos inesperados. Senti-me prisioneiro muitas vezes, preso entre dois mundos, em que olhava para os lados e vi-a toda gente, mas não vi-a nada para me animar. Haveria de ter sempre um pouco mais de esperança nas minhas próprias visões, mas a chama foi-se arrastando pelo vento e a chuva ausentava-se a longo prazo. Não encontrava uma segurança permanente, nem respeitava o meu próprio espaço. O meu mundo não era colorido, mas também não procurei os lápis para possibilitar esse facto, o que foi errado. Opiniões são relativas, é fácil de dar uma opinião imediata de algo que aconteceu ou está acontecer. Calma! Queria eu dizer que é fácil de dar uma opinião imediata de algo que aconteceu ou está acontecer, mas quando é com outra/as pessoa/s. Claro, pois falar sobre algo em que estamos totalmente de fora, muito provavelmente será uma opinião bem mais próxima da realidade. Hoje em dia, estamos incluídos numa sociedade inocente que olha pouco às transparências e mais às aparências, o que de facto, é triste. Sendo essa a geração em que estou inserido, faz-me querer pensar de uma maneira menos segura e tremida, mas suspeita. Pressinto que a falsidade e as pobres ideias de com quem partilho o ar, poderá ser a força para virar o meu mundo ao contrario e levar-me até onde um dia quero estar. Entretanto, estou a sofrer de uma transformação na alma, não diria de algo doloroso a maravilhoso, apenas por enquanto,  para melhor. Um pouco mais uma chegada a um mundo tal e qual esperado, com alguma paz. Obviamente com saudade de quem me fez sorrir e foi embora, mas ao mesmo tempo satisfeito e a sorrir com quem permanece, com todo coração, do meu lado. Não é muita gente, mas é quem vale por muita gente, como um diamante no meio de pedras negras. Mesmo que tenha todo cuidado, esse mesmo será pouco e irá fazer com que passe ao lado das boas coisas. Já aconteceu os riscos serem confundidos com erros, mas eu luto para que não aconteça mais. Para além de estranhas sensações, o agrado e desagrado em relação às minhas todas atitudes são, extremamente importantes para o meu estado todos os dias. Portanto, porque não continuar a lutar contra a confusão que surge entre os erros e os riscos? Porque não arriscar em segurar uma vida mais ou menos estabilizada, junto de quem tem condições para prolongar o meu conforto e a minha motivação? A verdade é que eu não sou perfeito, mas insisto em tentar brilhar nos olhos de quem nada em valor para mim. Irá manter-se assim! Não  nego a possibilidade de eventuais recaídas, mas prometo a mim mesmo recompor-me rapidamente. Apenas porque de longe, consigo aos poucos respirar um ar facilmente respirável e com muitas das coisas que realmente preciso para ter uma vida dentro dos possíveis, boa. 

domingo, 23 de junho de 2013

Conselho




Tudo que o homem construiu está na sua mente. Pensamentos originais baseados nas loucuras das suas imaginações, e nos riscos que 
decidiu correr. A ruína não está na incapacidade física, está dentro de cada um, está na mente de cada um. Basta uma palavra, um segundo, uma decisão, um pensamento, e já é suficiente para mudar um pouco do que éramos há pouco. Sim, porque nós somos aquilo que pensamos, nós somos aquilo que decidimos, nós somos aquilo que fazemos, que falamos e que escrevemos. Homens, não tem orgulho maior, nós temos uma posição que sentimos que temos de manter. Não de frieza, nem de fraqueza, muito menos 
de incapacidade, mas tudo menos aquilo que a mulher acaba por pensar. Nós também percebemos que erramos, por vezes, até somos os primeiros a querer começar a corrida até à paixão. Na verdade, é o que acaba por acontecer, mais ou cedo ou mais tarde, normalmente é o homem que vai atrás, seja seu erro ou não. Não desvalorizando as mulheres de todo, pois também acontece o contrário, dependendo da personalidade das pessoas envolvidas. Não seria justo eu desvalorizar as mulheres, nem o quero fazer, mas como é normal, todos temos virgulas por fazer e pontos por alcançar em relação às mentes do sexo oposto. Homens tem um pensamento tão forte de proteger sempre quem amam de verdade, que jamais alguma força irá contra. Neste mundo tem um bocado de tudo, tem homens que nem homens são, tem mulheres que nem mulheres são, o que é normal. Sempre foi assim, sempre será assim, e que no fundo acaba por ser visto por mim, de uma forma positiva. Tendo uma perspectiva diferente, se essas pessoas não existissem, acabariam por não haver pessoas especiais e as tais pessoas certas. Se essas tristes mentes vazias não existissem, quem estaria lá para nos abalar a vida? Pois, mesmo que não queiramos precisamos dessas pessoas. Todos precisamos de conhecer um pouco de tudo, pessoas diferentes, tanto más como boas. Precisamos dessas opiniões e experiências, para que seja possível sentar na cadeira de balanço, e reflectir sobre a vida. Problemas vem e vão, e nós temos de ser humildes e inteligentes o suficiente para perceber de quem precisamos, quem nos merece, quem está e quem não está a favor da nossa felicidade! Clareia, sublinha e leva contigo para todo canto do mundo o pensamento  positivo. Simplesmente isto:
Sempre que a partida de alguém aconteça, não permitas que seja o suficiente para acabar com a pessoa que és!

domingo, 16 de junho de 2013

Águas Apaixonadas



Será que ainda te lembras de mim? Daquele rapaz, que de uma forma ou de outra, nadava em plenas águas apaixonadas. Daquele rapaz que todos os dias precisava de ouvir a tua voz antes de dormir. Daquele rapaz que após toda discussão, sentia como se o mundo fosse explodir. Totalmente cego e dedicado, talvez exagerado mas principalmente por medo, medo de desiludir, medo de más interpretações, medo de perder, quer dizer, de te perder. Será que já esqueceste os momentos em que sorriste para mim, em que sorriste comigo. Em que olhaste no meu olho e leste os meus sentimentos. Ou será que ainda te lembras de todas as vezes que me declarei ao teu ouvido, em tom suave disse que te amava e que não aceitaria viver longe de ti. Nos nossos momentos, em que partia o silêncio com palavras, alias, muito mais que simples palavras, palavras muito sentidas, e verdadeiras acima de tudo. Eu ainda estou aqui, a relembrar todas as destruídas promessas, todos os destruídos olhares, no fundo, toda a destruição. Realmente, é mesmo triste, mas sim, eu ainda me lembro muito bem de todos os momentos em que larguei o sorriso, em que larguei o sorriso e senti que não era suficiente para demonstrar a força com que a felicidade se fazia sentir em mim. Não é aconselhável, e todos os dias dou chapadas em mim mesmo por o fazer, mas continuo a imaginar como poderia ter corrido diferente, como podia ter acabado de uma forma diferente, ou como nem sequer poderia ter acabado. Sinceramente, é triste tudo que aconteceu, e custa bastante ter de lidar com a tua presença no mesmo espaço que eu. Ser obrigado a agir como se não estivesses lá, como se não tivesses feito parte da minha história, como se não me importasse com o que estavas a fazer, ou com quem estavas. Olho para cima enquanto que quero olhar para baixo, sou obrigado a olhar em frente enquanto que algo me obriga a olhar para trás. E é isto, peças que ficaram por colocar no puzzle, que não me largam. Não é tudo igual, mas permanece e incomoda, sinceramente incomoda bastante. Pode não ser um sentimento tão forte quanto que já foi, mas é um sentimento, é um vazio. Nem sei se estou acordado, mas fui ferido por algo que alimentei e hoje não consigo viver com a minha própria desilusão. Faz-me viver adormecido, e não há dia que não me pergunte porque não fiquei onde estava, ou porque não fiquei por perguntas normais, porque fui em frente mesmo carregado de dúvidas. Cansei de estar em silêncios mortos e fingir que nada se faz sentir. Não quero enganar uma mente que foi traída pela própria mente. Quero acordar, finalmente acordar e criar um futuro. Abrir o livro, e começar a escrever algo que um dia mais tarde vá provocar-me um sorriso duram-te a leitura dessas palavras.

sábado, 15 de junho de 2013

Aprendizagens



Costumava sentir-me seguro quanto ao equilíbrio. Com tanto por onde recorrer e por onde me segurar, que nem dava conta da minha sorte. Até mesmo nas ausências eu confiava para meu apoio, pois a força não estava na realidade mas sim na forma como a minha mente a encarava. Não era perfeito, nunca foi perfeito. Se nunca o foi, nunca será, e se a ideia era eu valorizar, estou em pleno castigo e corrida contra o tempo. Estou certo de que levará eternidades para compreende-lo e para encontrar um motivo forte suficiente para apertar o meu próprio pescoço. Aprendi que não se deve ir depressa de mais, pois todos os maiores erros foram feitos em grandes velocidades. Todos desejamos um retrocedimento, depositamos pelo menos um pouco de esperança enquanto o arrependimento está na mão. Todos desejamos ter algum poder sobre nós próprios, e mais que ser bons no que fazemos, sentir-mos orgulho nisso mesmo, sentir algum amor próprio. Vida é só uma, e é bom adormecer com pensamentos agradáveis, boas imaginações e dormir em terras de bons sonhos, mas não é bom, de todo, acordar na grande percentagem da semana em estados deprimentes. Não pela manhã, não é saudável, não é um motivo de orgulho, não é uma força, não é nada que nos fará revirar para melhores descobertas. Por baixo de toda escadaria tem sempre alguém a fracassar, e como habitual,  tem sempre alguém por cima a subir cada degrau. Custa-me acreditar que quem está por baixo a escutar, não sente algum desagrado, ou até mesmo uma inocente inveja. Tudo que sei, é claramente tudo que vivi, e tudo que aprendi é tudo que errei. E quando tenho uma oportunidade, faço questão de ter isso em conta, pelo menos dentro das minhas ideias. Quando me sento e penso nas minhas experiências, também  lembro e sinto o peso do meu sonho. Sonho que  não é apenas um sonho, é um objectivo, que espero e quero fortemente alcançar! Tornar-me homem, não pelos anos que são contados, mas pelas aprendizagens e pelos conhecimentos que recolhi deste mundo difícil, e com isso deixar finalmente de existir e passar a viver.


Nem consigo escrever direito, pois eu já teria dito tanta coisa para mim próprio, em curtos espaços de tempo, que nem consigo escrever tudo que queria. Acontece que todos os pensamentos mergulham no mesmo mar, e mesmo assim é difícil de pesca-los, assim como é difícil deixa-los afogarem-se. Continuo claramente achar que tudo que acontece é porque tem de acontecer, é porque realmente é preciso que aconteça. As coisas têm uma razão de ser, e o acontece maior parte das vezes, é que não estamos conscientes da realidade o suficiente para percebermos o que realmente aconteceu, e porque aconteceu. Por vezes não temos problemas assim tão graves quanto isso, e a prova disso são as histórias mais tristes que nos vem retirar a distracção e fazer-nos entrar numa fase mais precisa, em que faz-nos reflectir um bocado acerca da vida, da nossa vida, da vida do próximo, da vida que nem todos tem como nós temos. É curioso quando tentamos identificar o nosso mau momento com momentos idênticos do passado. Muito provavelmente o que vai acontecer é que o actual seja o que pareça pior, mas isso é normal, porque quando estamos dentro de algo, nunca conseguimos observar como quem está do lado de fora. Do lado de fora mas que também já esteve dentro e viveu de uma situação do mesmo género, porque este acrescento é importante, ninguém pode identificar-se com nada, sem primeiro ter a sua única experiência. Todos os dias, fazemos parte de pequenas situações, mas que no fundo são grandes testes, e um motivo de te orgulhares disso é que passaste em todos eles. Se estás aqui, é porque tiveste sempre a tua oportunidade, é porque superaste sempre as tuas dificuldades e isso é maravilhoso. A valorização é um factor fundamental para o nosso sustento. Simplesmente já paraste para pensar que de um momento para o outro, o sol pode virar chuva? A paz pode virar guerra? O riso pode virar choro? O conforto pode virar desespero?  Tudo pode virar nada, e tu  chegares a um dia assim, e dizer que te arrependes de não ter aproveitado e valorizado o que de melhor tinhas? Será que alguém consegue imaginar o quanto mau isso pode ser?

segunda-feira, 10 de junho de 2013



Sinto raiva hoje. Raiva por sentir necessidade de escrever. Raiva por alcançar inspiração através de uma pilha desastrosa. Sinto-me fortemente atacado por extra terrestres, anormalidades, sinto-me de parte, visto diferente. Carrego uma preocupação que não tem uma natureza estudada, e sinto isso de uma forma tão anormal como todos os meus pensamentos, como todos os momentos em que fecho e abro os olhos. Sinto-me apoderado de um estado nunca antes visto em mim, e nem sei se tenho medo das suas consequências ou se tenho medo do que possa não acontecer. Tenho mais medo ainda do meu desconforto para com o mundo fora da escrita. Medo de uma ligação directa, sem tecnologias, sem papel e caneta. Simplesmente a minha voz não é capaz de dizer tudo que escrevo, o que é preocupante, não que já não tenha acontecido antes, mas nunca em tão grande desentendimento dentro de mim mesmo. Infelizmente, as desilusões acontece em todas as fases da nossa vida, quer estejamos de pé ou no chão, nas nuvens ou no poço... Simplesmente a vida não vai de acordo com o que mereces ou não mereces, as desilusões acontece sempre,  e muitas vezes dos pontos do teu coração que tu menos esperas. Infantil o facto de por vezes não olhar-mos  as situações e os problemas de todas as perspectivas, de acordo com todas as consequências das nossas atitudes. Existe um sentimento que é mais terrível do que a sua própria definição, o desespero, juntamente com o arrependimento. Essas são as tais perspectivas de que falo, pois ninguém age de acordo com os possíveis desastres. É preferível agir com a prevenção, dar o braço a torcer, forçar o entendimento e lutar contra nós próprios, do que deitar com a consciência pesada para toda vida. Um dia alguém muito importante disse-me que não devia adormecer com os problemas por resolver, porque sinceramente, nunca se sabe o dia de amanhã, nunca se sabe o que poderá acontecer ao longo dessa noite... Depositei toda atenção sobre essas palavras, e dou inteira razão às mesmas, daí o querer passar a mensagem e apoiar quem quer ser apoiado, porque no fundo, estamos cá uns para os outros, dependemos todos uns dos outros, quer queiramos quer não. 

domingo, 9 de junho de 2013



Penso que teria muitas mais coisas para fazer, muito para além de estar aqui sentado a pensar no que não devia e como seria se não pensasse. Sempre termino com uma palavra de incentivo, que digo para mim mesmo através do silêncio e no fecho do momento. Não poderia deixar de ser algo positivo, apesar de eu próprio não ser tão positivo assim, mas a ideia penso que é mesmo essa, incentivar, motivar a ser uma pessoa que não sou tanto assim... "A vida é um jogo, e para vencer cada nível é necessária força e dedicação, paciência e esperança.", simples e ao mesmo tempo fortes, são as minhas palavras, ditas para mim mesmo. É estranho como eu com um planeta tão grande, ainda mergulho sozinho. Por opção ou não, é o que a vida me dá, é as consequências das escolhas. Desconfortável por vezes, como para além da necessidade de querermos ter o nosso tempo de paz, queremos paz com alguém que nunca se apercebe da falta que faz. Tem sempre alguém que tem esse poder de chamar atenção com gestos fáceis. Pressentimos as coisas que vão ser ditas, prevemos as suas respostas mas nunca deixa de ser bonito recebê-las, e por isso, provocamos à mesma, vezes sem conta. Tem sempre alguém longe mas ao mesmo tempo perto, que não queremos nem conseguimos deixar, mesmo que isso exija uma luta entre a distância e o sentimento, apesar de ambos factores estarem fortemente relacionados. É importante que paremos para pensar que do outro lado pode estar alguém a sentir falta da nossa presença e da nossa preocupação. Pois tem sempre alguém que tem o grande poder de fazer o momento ganhar alguma cor, por muito negro que esteja. 

sábado, 1 de junho de 2013



Queria dizer muitas palavras, que numa velocidade extrema atravessam o meu pensamento. Não há tempo certo para as apanhar. Nascem inesperadamente das coisas mais simples que vejo ao longo dos meus dias, tanto acordado como a dormir. Nascem sem que seja possível sequer aponta-las. Ultimamente a força por viver tem sido mais forte do que a força que me trazia a escrever, a avaliar o meu estado, a procurar um tratamento para mim mesmo. Reparo que o meu melhor tratamento é não procurar tratamento, porque sem dar conta encontro-me em algum lugar a fazer parte de tempos vivos. Percebi, ao longo desta ausência ao meu canto de papel e caneta, que de facto há uma diferença opcional em relação ao que somos obrigados a enfrentar e ao que queremos enfrentar. É possível viver de um jeito diferente, há várias formas de lidar com tudo, mesmo que os pensamentos contraditórios sejam absolutamente os mesmos. Hoje, eu tirei um tempo e depositei toda minha atenção sobre um filme. Espantoso, como ao longo de um aparente conjunto de cenas aborrecidas, eu fui entrando na história. Senti que desliguei um pouco da minha realidade, e identifiquei-me com as palavras, com todas as formas em que seriam ditas essas palavras. A história do filme é basicamente a recuperação de dois corações partidos, que se unem e no fim dão um só... Encaixam-se perfeitamente, como duas peças de um puzzle. De forma a que a ideia de que o acontecimento já estivesse destinado acontecer, seja o imediato pensamento em relação à moralidade da história. Por fim, depois de assistir a esse filme, retirei uma pequena conclusão óbvia mas que mereceu a sua atenção, essa que foi simplesmente a magia com que defini o facto de um amor poder nascer através de outro. No entanto, após este tempo afastado dos meus próprios pensamentos, caí sobre mim novamente, e percebi que ultimamente tenho sido um novo rapaz, mais forte e a viver de um jeito diferente... Não deixo de valorizar o meu todo enorme esforço ao longo de este todo, em parte, perdido tempo, mas o que acontece é que esta mudança vem provavelmente, em culpa de uma amizade que me arrasta para um sitio com mais cor, com dias muito melhores... Importante é que não deixo de a valorizar, nem quero deixar de a valorizar! Quase sempre, a desistência sobe à cabeça de todos, mas a resistência é o nosso poder, e muito feliz fico por ter compreensão de outra pessoa sem que seja necessário tocar no assunto. Muito feliz fico por a presença de alguém especial seja forte o suficiente para conseguir motivar-me a reviver do tal poder, e a sorrir novamente. A companhia é muito importante em todas as fases da nossa vida, tanto na necessidade de partilhar o momento feliz, como na necessidade de desabafar acerca dos recentes menos bons acontecimentos. Nunca é tarde para escrever simples palavras com poder de marcar a vida de alguém, bem ou não, eu vivo de uma necessidade forte em agradecer e valorizar quem me acompanha, quem constrói os meus dias e provoca o meu sorriso. Simplesmente, porque não quero viver um futuro com falta do que hoje evitei, e muito menos chegar ao dia, em que não seja mais possível dizer o que ficou por dizer. Portanto, um obrigado a todas as pessoas que entraram na minha história, não só para marca-la, mas sim para fazer parte dessa mesma ao longo de muito tempo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013



Todos os dias criamos uma história, baseada no dia de ontem, e nas consequências que se fazem sentir hoje. Até pode ser mesmo, baseada numa inspiração diferente, numa caça à motivação, ou até mesmo, uma simples luta contra o tempo. É uma clara incerteza numa vida escura, pois todos nós nascemos todos os dias com pensamentos iguais, e muitos de nós, tira-mos parte desse dia para descer a rua com objectivos de altera-los. Ando bastante atento em relação aquele que é o meu futuro, e para além da atenção, tenho uma estranha sensação de um futuro com algum desanimo. Estarei eu a ser castigado por um erro? Ou simplesmente, resta-me aguentar uma longa adolescência sem sentido algum? Ou esta longa adolescência,  um dia poderá vir a ser a explicação de tudo que acontece? Ainda tenho sobre a cabeça, um pensamento forte. O suficientemente forte, para não ser destruído com pequenos sorrisos. Esse diz-me que, de facto se as coisas acontecem, não acontecem por acaso, mas se não acontecem por acaso, porque agravam tanto a sua razão de ser?  
Posso ser acusado de muita coisa, mas de não ser persistente, de não lutar, de não acreditar, disto não posso ser acusado, de forma alguma. Injustiças cabe na vida de toda gente, e supera-las é uma escolha que só a nós cabe. Uma escolha assim, que identifica-se claramente com um futuro nunca pior, e o que realmente importa é isso, a luta por dias melhores. Portanto, com ou sem azar, uma pessoa que luta, merece um, dois e três momentos, merece dias melhores, pessoas melhores, merece compreensão, merece acima de tudo, respeito.

domingo, 19 de maio de 2013



A própria sociedade deseja capacidades para realizar, as mais simples acções, que se tem vindo a formar  em imaginações acordadas, ao longo da construção da historia de cada um. Como ser capaz de caminhar a ponte, e conseguir respirar o ar que a atravessa. Como soltar um simples sorriso, naturalmente, com ou sem uma fácil explicação, mas sim com uma forte naturalidade, com um verdadeiro e consciente momento de, paz e felicidade. Seria muito mais fácil gerir a vida, se todos os pensamentos fossem garantidos de resultados. O que acontece, é que é tudo uma maior incerteza, mesmo sobre a própria vontade e a maior motivação. Infelizmente, os conselhos não servem de medicação, é um estudo relativamente impossível de concluir, são dificeis factos, são infinitas historias diferentes, com inícios diferentes e certamente fins diferentes. Infelizmente, ainda não consegui encontrar um jeito de agir e reagir aos acontecimentos inesperados, e faz-me acreditar de uma forma assustadora numa possível teoria. Uma possível teoria baseada em várias experiências e histórias. Poderá essa mesma, de uma forma sentida e dura, transmitir ideias negativas em relação a formas de lidar com a mudança de calor para o frio, da noite para o dia. Talvez, até mesmo um incerto resultado de seja qual for a escolha, o que realmente, é suficiente para assustar e dificultar o pensamento de qualquer jovem.

terça-feira, 14 de maio de 2013



Já aconteceu alguém de acordar a meio da noite, em pleno estado de pânico, como se estivesse acabado de sair de uma enorme confusão? Num estado algo nervoso, algo estranho, algo desconfortável... Um sentimento de desespero, em plena noite estranha e calma, com silêncios a perturbar as ideias e a destacar as incertezas. Um forte impulso a deixar a posição a que estávamos, acompanhado de seguida com um abrir de olhos repentino, só para confirmar que não é mesmo real, só para acalmar um pouco o batimento forte e tentar silenciar o mais possível o grande susto.  É o que acontece, quando as piores situações e momentos da história, são os últimos pensamentos do dia. É o que acontece quando adormecemos sobre as dúvidas da realidade e o medo do que vai acontecendo do outro lado do mundo. Medo do que está na mente mais próxima do topo da pirâmide, e medo de perceber o que realmente significam alguns consecutivos gestos. Há uma forte tendência  de entre dois lados de uma pessoa só, existir uma pouco compreensível necessidade de recolha de justificações. Uma consciência baixa, que possui um poder de unir os vários pensamentos, esses algo de perturbadores, muito presentes a ocupar a cabeça e a impedir outro tipo de visões. Há uma forte necessidade de estuda-los durante um grande período de tempo, para que entre eles, possa ser possível achar o mais provável, o mais próximo da realidade.  Enquanto a vida se mistura e sonho acordado num ar pouco respirável, surge uma junção de tentativas de encaixar algum sentido, numa história aparentemente sem sentido algum. Surge muitas vezes, uma viagem por entre ideias, num mundo mágico totalmente imaginário, viagem que parte de principio dos motivos propostos pelos conhecimentos a favor, adquiridos em tempos, que por fim, entram numa mentalidade rejeitada e num mundo verídico. Uma vida, para ser vida, terá de ser colorida com lápis de verdade, com uma caneta bem segura, com combinações de cores e poucas questões sem resposta. Deverá ser permitida a condução dos sinais que poderão levar até à imaginação e à força motivadora, que finalmente poderá encorajar a entrada no futuro, com as muito precisas correcções. Uma vida para ser vida deverá ser vivida com boas armas, como um sorriso verdadeiro e imbatível, num espaço desejado e um respirar saudável, sem medo de arriscar. Uma vida de esforço, especiais cuidados e muito inteligente, isto tudo porque, é muito triste abraçar a solidão com tanto ombro onde chorar, é muito triste viver no escuro por não conseguir ver a luz do dia, é muito mais triste ainda conseguir pouco viver e sentir sorte na pura existência.

sexta-feira, 10 de maio de 2013




Momentos bons, não são momentos verdadeiros quando não temos a companhia de quem realmente queremos. O segredo é nunca desistir, mesmo quando tudo parece perdido. O segredo é dar lugar ao esforço, sonhar, lutar... E um dia, a recompensa virá ao de cima, por todo esse esforço feito no passado, mesmo que sejam apenas 10 segundos. Sim, porque 10 segundos podem valer o esforço de uma vida. Ser feliz, não é sentar na beira do rio e ver a água passar.... Ser feliz é fazer do rio repouso, em relação ao nosso esforço, à nossa dedicação. Ser forte, é fazer da nossa motivação, uma luz superior àquela que é reflectida nos olhos. Lutar, por vezes não significa correr atrás, mas sim aprender a lidar com o nosso próprio sentimento, aprender a viver dentro de nós, aprender a lidar com o que nos faz sentir bem e com o que nos faz sentir mal, e ao mesmo tempo viver o mesmo sentimento, junto de quem ama-mos. E ao fim da noite acreditar sempre que quando acordarmos na manhã seguinte, será um dia melhor. Há que esperar sempre dias melhores, porque o segredo está ainda por descobrir. Eu estou no topo do meu mundo, tu estas no topo do teu mundo, pelo menos, é assim que devia ser. Em todas as decisões tomadas, tem momentos na vida em que depositamos demasiada importância do nosso próximo/a, em cada escolha que fazemos. Está certo que devemos ter algum cuidado, e é perfeitamente normal que nos preocupe-mos com o pensamento e a reacção das pessoas envolvidas. Mas por vezes, a importância dá-da é tanta, que acabamos por nos esquecer de nós mesmos.... O que não deveria acontecer! Somos a única pessoa capaz de fazer tudo por uma vida própria melhor, e por isso, deveremos ter uma maior atenção sobre as consequências que vão cair para o nosso lado e esquecer um pouco o que vão pensar e/ou as consequências que provocaram noutras vidas.

sábado, 4 de maio de 2013




Começa tudo por as palavras menos organizadas. Sim, é a minha forma de abrir um caminho ate coração.  Cheio de ar por libertar, com todo acumular de esperanças passadas, com tudo que ficou por provar, por dar... Palavras, que não dão sempre um sentido certo ao verdadeiro sentimento. São palavras... Não são simples palavras, mas são palavras... Muitas, aqui escritas apenas para soltar um pouco do vazio, que me esta a encher com um forte, enorme e imprevisível sufoco. Um sentimento de "nada" que vem representar "tudo", isto é, todos os sentimentos da historia, que um dia foram com pequenas ilusões provocados, criados, alimentados... Esse nada, maior do que algum dia poderia eu imaginar que fosse possível de se formar dentro de alguém... Não só formar, após isso, tomar conta de tudo mais valioso que tenho. É o presente do passado em frases longas, são as recordações a reforçar a sua presença nos meus pensamentos. Venho-me achando um rapaz, que se calhar nem sabe o que é o amor, mas o que é certo, é que com todas as confusões, com todas as cenas, hoje eu questiono-me e faço uma longa revisão sobre toda historia, e acredito, acredito que seja possível senti-lo. Esta noite, seguro as minhas palavras com os batimentos que me sobem há cabeça, e tudo se resume a uma forte paixão e a uma saudade, que é tanta mas tanta, que doí. Dói, por todos os sorrisos que a naturalidade e a simplicidade da relação me deu, não foi necessário muito tempo, não foram necessárias muitas horas juntos, mas sim a intensidade com o que os vivi. Todo o blog anda à volta de tudo isso... É claramente, uma escrita dedicada a tudo que aconteceu. Este é o meu novo ser. Numa fase inesperada, aconteceu muita coisa, notavelmente  novas experiências, novas aprendizagens e com isso, foram escritos uns textos muito próprios, vindos de momentos marcantes, de maravilhosas e tragédias visitas a outro mundo. Uma fonte de inspiração não tão boa assim, mas os resultados dessa toda inspiração, fazem-me sentir um rapaz orgulhoso. Pois, tendo em atenção toda humanidade que partilha o mesmo mundo que eu... E com as minhas aprendizagens e lições de vida, que obviamente, não e nada de outro mundo, pois sou apenas mais um jovem... Tendo em atenção isso tudo, sinto orgulho em conseguir partilhar tudo aquilo que vivo, assim de forma mais tocante. Sinto orgulho em ter o grande poder de amar assim alguém e conseguir dedicar-me totalmente a um coração. Ficaria horas a levar comigo mesmo, eu conseguiria tomar conta de mim, enquanto que isso me levasse a dizer todas as palavras livremente, no meu tom de voz alternado, e sem cuidados de más interpretações ou prevenção de possíveis comentários infelizes. Poderia eu fazer tudo isso, num local isolado de todos os contras, para além dos próprios. O que acontece, é que hoje eu assisto e participo, de uma historia que um dia também pode ter um bom fim. Assim como eu permito-me fazê-lo....Assim como eu entro em acordo entre mim mesmo, não é tão mau quanto parece dar vida à está escrita. Não é um lamentar, não é um drama, não é pessimismo... É tudo mais que isso... Eu não tenho uma resposta tão exacta assim, mas tenho uma certeza inexplicável, que me leva a dar vida a uma página de Internet pública. Uma possibilidade é que, pode realmente nascer daqui uma história que hoje não é esperada. Embora as nuvens tenham vindo a apresentarem-se escuras, eu espero pelo dia em que poderá nascer uma razão para o qual eu segui este todo difícil caminho. Isto tudo, faz com que não me sinta uma pessoa egoísta, existe uma enorme possibilidade de quem tem alguma dedicação em ler os meus textos, se consiga identificar dentro deles. Eu, pelo menos, sinto-me sempre um pouco mais compreendido quando lei-o algo que me faz lembrar um acontecimento especifico ou uma pessoa... Para mim, é bom ler e respirar as palavras que lei-o... Tiro um tempo, para escrever, para dar um pouco de vida a isto... No fim, para que os resultados de todos os impactos, possam sair a voar e transformarem-se, de uma forma mais sentida, em palavras. E que essas palavras, sejam transmitidas e sentidas por bons corações, grandes almas. 


quinta-feira, 2 de maio de 2013



E quando eu ouço o teu nome? Aí eu penso, eu fico nervoso... Caio para o lado e viajo no próprio desmaio. Sinto-me por momentos, grande o suficiente para acordar e retomar o que estava a fazer. É um sentimento a pensar, repensar e esperar que um dia possa vir a ser mesmo assim, simples. Não haveria outra forma de me sentir melhor, como quando era teu. Tempos em que, eu negava qualquer convite, só para ficar no mesmo sitio... Sem nada mais para fazer senão, esperar a mensagem resposta e demorar o menos tempo possível a responder de volta. Só mesmo para não te aborrecer, só mesmo para evitar o máximo possível qualquer desagrado. Sinceramente, sentia-me culpado por qualquer mudança de humor repentina, daria anos de vida para saber o que te passava pela cabeça nesses, diria, relâmpagos,  mais que isso, o que provocava essa atitude. O que poderia eu fazer para evitar essas mudanças incompreensíveis? Encontrar essas respostas nesses tempos, era como encontrar um tesouro no fundo do mar.... Factos muito pouco prováveis, e a realidade falou por si e provou-o claramente. Pois, por todas as dores de cabeça que tenha ganho, não consegui nunca encontrar uma resposta lógica para tudo, como tanto precisava. Pegava fogo a tempo inteiro, eu ansiava todos dias e questionava-me muitas vezes como poderia encontrar um livro que me pudesse dar os melhores passos a seguir, para voltar a repetir momentos, mais que isso, fazer deles um viver diferente e contínuo. Eu rastejava qualquer piso só para sentir isso na pele, de novo. Tomaria a dor a triplicar, se eu soubesse que no fim, a paz iria se juntar com o amor. Tomaria a dor a triplicar se eu soubesse que ao longo do resto da vida, sobre os problemas a resolver, estaríamos os dois, unidos. Durante o mais longo tempo que demorou até chegar aqui, passaram milhares de pensamentos e tentativas de agir de um jeito diferente. Caminhei em todas as direcções, foram inventadas as formas mais estranhas para tentar lidar com os acontecimentos, algumas ideias jamais compreendidas por outras almas, tudo só para ver o que acontecia. Por fim, fico chateado por ter sido eu a traçar aquele que viria a ser o fim, por ter sido eu a decidir, não é fácil soltar a nossa maior força. O que é verdade e o que eu aprendi, é que nem sempre dependemos assim tanto das nossas decisões, dos nossos esforços... Nem sempre a solução para nós, está dentro da nossa cabeça. Não adianta procurar a solução,  onde quer que esteja, não importa o que faça, pois por muito que seja o esforço feito, nunca será suficiente.

segunda-feira, 29 de abril de 2013



Eu não vou mentir... 
Não minto quando digo que o batimento que se faz sentir, ainda provoca o som de cada letra do teu nome, bem soletrado. Não minto quando digo que ainda procuro a estrela mais brilhante do espaço, e que faço dela o meu ponto de recordações. Não minto quando digo que fecho os olhos, quando estou no meio da multidão, só para sentir um pouco a tua presença. Não minto quando digo que penso nas maiores loucuras para curar um coração partido. Não minto quando digo que o meu interior grita quando me encontro em pleno momento silencioso. Não minto quando digo que quando penso na ilusão que um dia engoli, encho-me de raiva. Simplesmente não minto quando falo sobre o sentimento que te identifica...  A vida é a mesma, mas agora de uma outra forma. Com um parecer diferente da antiga normalidade. Eu devia ter pensado num motivo maior, antes das decisões. Devia ter pensado no que realmente deveria ter sido decidido... Devia ter pensado o que realmente iria acabar por vir acontecer. Ontem tanto adiei o dia de hoje, que hoje nem consigo acabar com o que vivi ontem. Fico rodeado das incertezas, da confusão instalada, das recordações e evaporações. É muito mau, um dia sentir que fomos eleitos para ser felizes do lado da única pessoa que mexe com um olhar, e de repente atravessamos um nevoeiro numa escala imensa, e simplesmente, essa pessoa já nem existe mais, desapareceu tudo. Talvez não desapareceu, talvez eu não merece-se, talvez não era altura certa, talvez não era a escolha certa, talvez não era a luz que os meus dias precisavam... Talvez não tenha deixado de existir, apenas tenho mudado de direcção, Talvez... É certo que aconteceu por algum motivo, e a espera pelo brilho novo não será longa se um dia for recompensada. Apesar de todas as consequências de um momento, de sossego, sobre os sentimentos presentes e as recordações passadas, eu continuo a ver uma alma desse lado, eu continuo a ver sentimentos claros mas bem protegidos. E como qualquer humano tem direito a errar, terás direito a provar a ti que és capaz de viver um verdadeiro amor à tua maneira. Espero mesmo, do fundo do coração, que um dia alguém vá segurar a tua mão, com toda delicadeza, com toda força amorosa, com tudo aquilo que o teu coração precisa.